terça-feira, 31 de maio de 2011

Desktop nas nuvens! Moda ou tendência?

Direto ao ponto: Ainda não sabemos se a nuvem é apenas passageira ou chegou para ficar e pairar por muito tempo em cima de nossas cabeças!

Não discutiremos conceitos e muito menos a origem da computação em nuvem, até porque, de alguma forma, já tocamos no assunto anteriormente:


O fato é que muito se fala em computação em nuvem no dia-a-dia e, já é possível perceber uma certa preocupação de muitos em migrar imediatamente para as nuvens sem ao menos ter noção exata do que isto representa.
Como qualquer tecnologia, a computação nas nuvens possuem muitas vantagens e outras tantas desvantagens. 
Cuidado! Leia com atenção os parágrafos que se seguem!

A esta altura muitos já devem ter ouvido falar do lançamento do "Chromebook", que nada mais é do que o Notebook da Google, que está sendo lançado nos EUA em parceria com a Samsung e a Ace,r e chegará ao Brasil daqui a seis meses. Pois bem, o equipamento traz um conceito inovador, isso é verdade! É baseado em LINUX e promete oferecer muito mais performance do que os computadores móveis que conhecemos, também não se pode negar!

Entenda como é possível colocar seu desktop nas nuvens.
A ilustração ao lado é bastante útil para que possamos entender o funcionamento do conceito de desktop nas nuvens, onde podemos visualizar que o Cliente se conecta a um servidor externo para fazer uso de um número incontável de aplicações, que também podem ser compartilhadas por outros usuários.
No caso do Chromebook isso não será uma opção, mas sim uma regra!
Instalando a maioria dos aplicativos na nuvem, o equipamento não sofrerá com problemas de espaço em disco, deixando a memória livre daqueles aplicativos que insistem em inicializar junto com o sistema operacional para executar tarefas que normalmente não são usadas todo dia, sem contar a vantagem da atualização dos sistema que, por estar na nuvem, proporcionará ao usuário utilizar sempre o mais atual sem se preocupar com updates enormes e demorados.


Parece a oitava maravilha! Mas não é exatamente assim!

Seja qual for o tipo de conexão comercial com a internet, no Brasil, os contratos normalmente obrigam a operadora a fornecer apenas 10% (isso mesmo, você leu certo: dez por cento) da velocidade contratada. Sem contar o engôdo formado em torno do jogo de palavras entre Kbyte's e Kbit's (1 bite = 8 bit's), onde na propaganda é vendido 1 Mega, 10 M, etc... Sem serem claros suficientes para informar a diferença entre 1MB e 1Mb.

Desculpem pelo desvio de assunto, porém foi necessário para que possamos refletir sobre a real condição de uso das aplicações em nuvem. Ao menos em nosso país, a internet ainda é muito cara e lenta, o que prejudica diretamente o esquema mostrado anteriormente. Imaginem um usuário desavisado e confiante que seu trabalho está tão seguro nas nuvens, a ponto de não precisar efetuar nenhuma espécie backup, ele não deixa de ter razão, afinal o seu desktop está fisicamente desvinculado da máquina que ele carrega embaixo do braço, proporcionando-lhe este tipo de sensação, contudo, se o mesmo não conseguir conectar com a internet, ficará impossibilitado de acessar tudo que estiver salvo na nuvem. Neste caso, como fazer para recuperar documentos importantes, que muitas vezes são requisitados imediatamente? Outro porém, no caso do desktop virtualizado na nuvem... como será possível acessar os conteúdos ou rodar aplicativos, no caso de um dano permanente no Hardware ou mesmo roubo daquela máquina que até o momento nos parece a única forma de acesso aos documentos remotos?

Enfim, são muitos questionamentos!

Fica o conselho do bom senso. A computação em nuvem óbviamente trará muitas vantagens, e muitas destas questões serão rapidamente respondidas, porém não deixe de alimentar aquela agendinha em papel com os seus contatos importantes, muito menos dispense uma boa cópia de segurança de tudo aquilo que consideras crítico.

Sempre serei contra modismos. Não consigo me adaptar a idéia de migrar para algo pelo simples fato de ser novo, sem antes avaliar os riscos e vantagens e principalmente se esta nova tecnologia de fato se aplica aos meus objetivos.

Quem será o primeiro alardear serviços em nuvem para unidades de informação? 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cyber profissional ou simplesmente antenado?

Muitos dos "post's" encontrados aqui neste blog, são fruto de uma reflexão criada em um momento de pausa para o cafézinho. Bem, este não será excessão e também dá indícios de que renderá outros frutos e outras discussões que serão abordadas em trabalhos formais.
O tema que abordamos hoje, novamente, não é nenhuma novidade, contudo tentaremos abordá-lo de forma diferente, mostrando de forma prática e bem simplificada.
Sempre ouvimos falar do novo papel do profissional da informação frente a nova sociedade que surge impactada pelas novas tecnologias, etc... Na maioria absoluta das vezes em que se repete este discurso, que já está bastante desgastado, fica uma lacuna no ar...
"AFINAL O QUE EU TENHO QUE FAZER PARA ME INSERIR NESTE TAL NOVO CONTEXTO E ME TORNAR UM PROFISSIONAL QUE DOMINA O USO DAS TIC'S?"
Infelizmente, a resposta não é muito alentadora, afinal é muito difícil convencer o pessoal que está há muitos anos no mercado de trabalho de que está na hora de se reciclar e, os currículos das faculdades não ajudam muito, ou seja, mesmo os profissionais que estão saindo hoje das faculdades, apresentam sérios déficits de atualização em relação a ontem.
Por outro lado, em nossa área dominamos muitas técnicas primordiais aos dias atuais (exemplo: indexação) e acumulamos competências de investigação e organização que não são vistas em outras áreas, que parecem dispender um grande esforço para tentar desenvolver métodos bastante corriqueiros para os profissionais da área de Ciências da Informação.
Provavelmente qualquer Bibliotecário que utiliza MARC no dia-adia chore de rir quando se intera das profundas discussões em torno do "Dublin Core" e outros tantos formatos que o pessoal da área de TI está criando. Serei mais ousado, e muitos discordarão, mas me parece que estamos assistindo passivamente o reinvento da roda sem que os especialistas no assunto (profissionais da área de Ciência da Informação) sejam sequer consultados.
Outro exemplo prático de ausência de um profissional de nossa área, são as categorias de assunto em que são divididos os livros no Google Book's, onde pode-se encontrar, por exemplo, o conto infantil "The three pigs" (Os três porquinhos) classificado em "Technology & Engineering".
Tudo isto para dizer que ainda não há razão para alarmes, nem é necessário começar uma revolução e muito menos precisamos acrescentar nenhum sufixo (Cyber, Techno, etc...) ao título da profissão que exercemos, mas sim é preciso que os profissionais acordem para a nova realidade e deixem de ser meros quadjuvantes, passando a contribuir de forma ativa neste cenário.
Todos perdem com a atual situação! Nós perdemos mercado de trabalho para pessoas de outras áreas ligadas a tecnologia e as empresas, como por exemplo a Google, estão perdendo a oportunidade de contar com profissionais que poderiam estar agregando muita qualidade aos seus serviços. Para que possamos alcançar o status de atores que nos é de direito, não basta esperarmos que um dia resolvam lembrar de nós, também não adianta ficar paranóico e tentar saber de tudo na área de tecnologia. O bom senso ainda não foi alcançado! Sejam ANTENADOS, acho que esta é a melhor definição para o profissional que possui sensibilidade e maleabilidade suficiente para se adequar ao ambiente de trabalho que está se desenhando. Não é preciso saber programar, mas podemos sim ter noção do tipo de linguagem que será utilizada no desenvolvimento do serviço X ou Y e saber quais as limitações que isto implica, é também preciso ter habilidade para negociar e acima de tudo planejar... Só assim encontraremos um lugar ao sol em um futuro não muito distante.

terça-feira, 17 de maio de 2011

National Jukebox e as mudanças causadas pelas novas tecnologias


Historical Recordings from the Library of Congress

De fato os paradigmas ligados ao acesso a informação estão sofrendo mutações inversíveis, causadas pelas novas tecnologias. Ao construir a frase anterior, fui acusado pela minha própria consciência de chover no molhado, contudo, explico o que motiva este que vos escreve a reservar algumas linhas neste blog para chegar a esta constatação bastante óbvia...
Muito se houve falar em mudanças de diferentes aspectos ligados ao comportamento tanto daquele que faz uso, quanto daquele que produz conteúdo nos dias atuais, pois a chegada das novas TIC's causariam implicações X ou Y, e que somadas ao um fator Z determinam uma série de mudanças.
Pois bem, sem pretensões criar um discurso acadêmico, assim como o espectador de  laboratório observa o resultado do experimento, podemos vislumbrar uma destas tão faladas mudanças ao tomar conhecimento e acessar o National Jukebox (http://www.loc.gov/jukebox/), que disponibiliza diversas gravações históricas da Library of Congress para os usuários da grande rede mundial em um formato bastante acessível e condizente aos padrões de navegação portátil, fato que é fácilmente percebido por usuários de smartphones e tablets em geral. Apesar deste serviço não ser declaradamente desenvolvido para usuários de navegação portátil, fica bastante evidente a preocupação com a usabilidade deste público na concepção do layout e disposição das informações.
Portanto, está tirada a contraprova da mudança tão alardeada pelos estudiosos do tema! Mesmos os mais incrédulos com a tecnologia e que trabalham na área das Ciências da Informação, devem ter notado, em algum momento, um usuário caminhando pelas estantes com o olhar fixo em uma tela de pouco mais ou pouco menos de 10 polegadas, muito preocupado em efetuar toques em uma tela que lhe parece dirigir a algum destino e, para surpresa deste profissional que ainda não havia sido afetado pelas novas tecnologias, este usuário está a consultar o catálogo da Biblioteca e outras fontes ao mesmo tempo.
"Fica o recado de que surgiram novas necessidades, novas demandas foram criadas e aquele que, como preconizava Darwin, não obtiver a capacidade de se adaptar, será sumariamente extinto."
Este texto não tem o intuito de promover sensacionalismo ou promover o terror entre os profissionais da informação, pelo contrário, é preciso manter a mente aberta as mudanças que estão ocorrendo ao nosso redor e, tentar da melhor forma possível atender às novas demandas trazidas por este também novo perfil de usuário, que requer uma sensível adaptação de velhos serviços.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

USABILIDADE X WEBSITES DE BIBLIOTECAS

Vários autores que versam sobre o tema USABILIDADE apontam uma série de equívocos de design recorrentes em websites que, na maioria dos casos, acaba por desconstruir os objetivos iniciais do serviço, afetando diretamente a expectativa inicial do usuário em relação a ferramenta web em questão. Neste ponto, não me parece muito diferente dos conceitos que nos foram transmitidos nas salas de aula dos cursos de Ciências da Informação em geral, explicitando que o ator que deprende uma busca online, hoje em dia, espera ter suas necessidades sanadas por informações advindas deste mesmo canal. Deste ponto, fica fácil verificarmos a ligação/utilidade da usabilidade e seus conceitos de interação com o usuário para com os websites de unidades de informação, visto que a maioria dos autores descrevem o site da biblioteca como uma espécie de guia de referência, integrando e divulgando serviços e informações.
Nestes termos, pode-se caracterizar a usuabilidade como uma preocupação recorrente em bibliotecas, o que é demonstrado através dos vários estudos realizados e publicados em periódicos e em eventos da área, servindo para qualificar os recursos e serviços oferecidos pelos sites das bibliotecas. Os estudos de usabilidade em websites de bibliotecas servem para balizar todo o planejamento, desenvolvimento e implementação dos serviços de informação na rede mundial, com o intuito de não apenas de facilitar o acesso, mas também de melhoria da qualidade dos mesmos.

O tema é sim mais do que interessante e deve ser levado a sério sempre que necessitarem planejar um serviço OnLine para a sua unidade de informação. 

Estes e outros temas serão melhor detalhados em um artigo que a equipe do PRÓ-INFORMAÇÃO irá disponibilizar em breve. 

Enquanto isso, o espaço está aberto ao debate de idéias.